Estudos Bíblicos Teologia

A Nova Teologia e o Movimento de Nova Era

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Autor: Gene K. Smith

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O Humanismo

O conceito secular moderno (humanista) da verdade é relativo, isto é, não existem absolutos! O homem está no centro de todas as coisas e é a medida de todas as coisas. Entretanto, a pessoa mediana, ou o cristão mediano, não percebe que essa conclusão está baseada na pressuposição e na crença filosófica que não existe um Deus infinito e pessoal e que o homem pode determinar a verdade dentro de si mesmo. Essa é a visão filosófica grega-alexandrina de 2.000 anos, produzida gradualmente pela infusão do humanismo secular em todo o tecido da nossa sociedade ao longo dos últimos oito séculos. O humanismo secular é simplesmente o produto do gnosticismo/platonismo pagão grego, que vê a mente do homem como o centro da realidade, em vez de Deus, ou o mundo criado (o universo) em que o homem habita.

O problema é que os gnósticos e os humanistas não podem saber o que é a realidade ou a verdade, porque o homem não tem como determinar a verdade. Somente Deus conhece o que é a verdade (João 17:17). A visão cristã da realidade é que Deus criou o homem à sua imagem com cinco sentidos que percebem o mundo real como ele realmente é porque Deus não engana (Números 23:19; 19:1; 1 Samuel 15:29; Tito 1:2; Hebreus 6:18; 1 João 2:21). O humanista ateísta ou agnóstico fica sem ter como saber o que seus cinco sentidos lhe dizem sobre a realidade do mundo em que ele habita. O positivismo é uma filosofia morta. Não há como o humanista poder explicar o amor, a beleza, ou a música, ou atribuir qualquer significado à vida ou à experiência. O homem é somente uma máquina biológica. Isso é o que leva ao desespero do humanismo e de todas as suas derivações (drogas, suicídio, hedonismo, etc.).

O cristão precisa compreender a cosmovisão humanista pela qual Satanás engana o mundo e como essa cosmovisão difere da visão de Deus. (Efésios 2:2) Satanás sabe que para apresentar seu plano ao mundo, precisa cativar a mente humana e influenciar aquilo que o homem acredita ser verdade. A Bíblia ensina que aquilo que pensamos determina aquilo que somos. (Provérbios 23:7; 27:19) Como encaramos a vida (nossa cosmovisão) determina como vivemos nossa vida. Como o homem encara a verdade também determina como ele vive e como interpreta a Bíblia. Se controlar o conceito de verdade de uma pessoa, você controla essa pessoa!

A Teologia Moderna

Por volta do início do século XIX, intelectuais ocidentais começaram abertamente a adotar o misticismo oriental e o ocultismo como uma fonte de verdade porque tinham abandonado o pensamento racionalista no reino dos [pressupostos e axiomas] universais. (Existe uma inconsistência lógica na rejeição do homem do sobrenatural e sua adesão ao misticismo, como Francis Schaeffer mostra claramente em A Morte da Razão.) Houve uma mudança de semântica na academia. O conceito do “sobrenatural” tinha sido anteriormente rejeitado pelos humanistas porque ele não é “racional” dentro da consciência percebida pelos cinco sentidos. Certos fenômenos, como a clarividência, a adivinhação, a necromancia, o espiritismo, etc., que não podem ser explicados pelos métodos científicos aceitos, recebem agora um lugar na academia como “paranormais”, o que significa simplesmente “além do normal”. Os professores e os alunos viraram-se para as drogas e o misticismo como um modo de buscar a verdade, exatamente como no misticismo oriental (platonismo / gnosticismo).

Essa também é a razão principal por que os jovens procuram as drogas. Eles estão buscando uma experiência que dê algum significado à vida sem Deus e sem esperança. É também por isso que a taxa de suicídio tem subido tanto. Esses jovens buscam um modo de sair de uma existência que é dolorosa porque não existem respostas e nenhuma esperança. Isso representa um retorno às idéias pagãs e a todas as coisas horríveis que Deus detesta (Deuteronômio 18:10-12); que foram as razões para Deus expulsar os habitantes da terra de Canaã. (Deuteronômio 9:4-5).

Para abreviar o longo desenvolvimento histórico da influência do humanismo (filosofia grega) na teologia cristã começaremos, com Soren Kierkegaard, que seguiu a dialética de Hegel e fez um salto de fé não-racional (existencial) na arena secular de modo a tentar dar algum sentido à vida e ainda manter um ponto de vista humanista. Ele rejeitou o racionalismo no reino do secular (particulares) e fundou o Existencialismo. Assim, a esperança de significado e certeza da existência está em ter uma “experiência autenticadora”. O conteúdo de qualquer experiência que possa autenticar a existência de uma pessoa e dar significado à vida não está aberta à comunicação. Qualquer significado para a vida que alguém possa pensar que tenha não pode ser discutido de forma racional.

Em seguida, Karl Barth (1886-1968), da Igreja Luterana da Suécia fez um salto de fé não-racional similar (sem um objeto) na área da teologia e fundou a Neo-ortodoxia. Entretanto, o passo de fé não-racional dele põe todos os termos religiosos (universais) no “andar de cima” (na terminologia de Schaeffer), o que significa que as palavras (religiosas) não têm mais qualquer significado porque não há racionalidade na área dos universais. Assim, palavras teológicas como Deus, Pai, Trindade, Cristo, Encarnação, Salvação, Ressurreição, Verdade, Amor, Mediador, Pecado, Inferno, Céu, Santo, Santificado, Espiritualidade, Alma, Satanás, Igreja, Julgamento, etc., não têm mais qualquer conteúdo ou significado e não podem ser discutidas porque não há racionalidade aí. Elas são agora apenas “palavras de conotação”. Elas despertam uma resposta emocional por causa do uso passado, o que freqüentemente engana as pessoas. Mas elas somente têm um significado místico, não têm qualquer significado que possa ser definido em palavras (verdade proposicional). Os novos teólogos podem falar sobre elas, mas você nunca os ouvirá definindo essas palavras ou ensinando doutrina (verdade proposicional) com elas porque não há conteúdo nas palavras. Para eles, qualquer significado ou propósito para a vida precisa estar baseado em ter algum tipo de experiência existencial religiosa.

Barth veio do liberalismo antigo e aceitava a visão crítica da Escritura (e a visão evolucionária da origem do homem). Ele não considerava a Bíblia como a Palavra de Deus divinamente inspirada para o homem. Em sua mente, Deus estava tão elevado e transcendente que não poderia haver comunicação entre o homem e Deus (platonismo / gnosticismo). Em outras palavras, ele via a Bíblia como uma testemunha humana por aqueles que ouviram Deus, não como a santa palavra de Deus, ou como testemunho dado pelo Espírito. Em contraste, quando o próprio povo de Deus lê ou ouve a Bíblia, somos tocados e ensinados por Deus por meio da obra reveladora do Espírito Santo em nós.

Barth nega que Deus nos dá qualquer verdade proposicional (princípios que podem ser definidos em palavras) na Bíblia. A despeito de suas visões antiortodoxas com relação a Deus e à Bíblia, ele faz um salto de fé e divorcia a teologia do racionalismo ou da lógica. Ele não tem base real para epistemologia ou base de saber qualquer coisa sobre Deus e não tem respostas reais para o homem na área dos [pressupostos e axiomas] universais. Para Barth e seus seguidores (neo-ortodoxos) uma afirmação na Bíblia pode ser historicamente falsa, mas apesar disso ser religiosamente verdadeira em um sentido místico.

O antigo liberalismo (modernismo) foi uma heresia a partir do ponto de vista da ortodoxia cristã. Ele rejeitava a inspiração divina da Bíblia e negava a divindade de Jesus Cristo. Os antigos liberais acreditavam em uma futura utopia construída pelos esforços do homem (pós-milenismo e evangelho social). Ele requereu uma nova definição de palavras para ser consistente, mas ainda era racional (tese e antítese). Contudo, os novos teólogos (neo-ortodoxos) querem dizer que duas afirmações logicamente contraditórias podem muito bem serem verdadeiras religiosamente. Por exemplo, o teólogo existencial poderia dizer que as afirmações: “Cristo ressuscitou fisicamente dentre os mortos” e “Cristo não ressuscitou fisicamente dentre os mortos” são ambas verdadeiras. Essa visão também existe dentro da Igreja Católica. Alguns dos teólogos católicos mais “progressistas” nos anos 1970 que afirmavam acreditar na ressurreição física de Jesus também diziam que se alguém estivesse lá naquele dia, o evento não poderia ter sido conferido de forma normal (pelos cinco sentidos). Em outras palavras, a ressurreição física é uma questão “do andar de cima”, onde o racionalismo não existe. (Observe que o “cristão evangélico” fora de moda não divide sua mente em um “andar de cima” e um “andar de baixo”, como faz a Nova Teologia.) O teólogo moderno não vê conflito na posição fundamentalista que Jesus é o único mediador entre Deus e o homem e a posição da Igreja Católica que Maria e os santos são mediadores.

Em seus livros (veja a Bibliografia), o Dr. Francis Schaeffer tentou dizer à comunidade evangélica como o humanismo estava influenciando a cosmovisão cristã no início dos anos 1970, mas poucos realmente deram ouvidos ou compreenderam. Então, em meados dos anos 1980, em The Church Before the Watching World e em The Great Evangelical Disaster, ele apontou para a falha da igreja em enfrentar a invasão silenciosa da teologia moderna (a neo-ortodoxia) nos seminários e nas denominações tradicionais. Não é surpresa que o humanismo continue a fazer avanços na igreja! Infelizmente, parece não haver ninguém com a estatura de um Francis Schaeffer para se levantar agora e advertir a igreja a respeito das heresias da teologia moderna.

Uma ilustração da nova teologia (a neo-ortodoxia) como Schaeffer a apresenta em The Church Before The Watching World, é a de um balconista que mantém muitas coisas atrás de seu balcão. Quando o velho liberal vem e pede o liberalismo fora de moda (evangelho social, etc.), o neoteólogo vai para trás do balcão e diz: É exatamente isto o que temos aqui.” Quando o cristão evangélico que crê na Bíblia vem, o neoteólogo vai para trás do balcão e diz: “Isto é exatamente o que temos aqui.” O neoteólogo pode fazer isso porque tudo está no “andar de cima” não-racional e é místico. Para o neoteólogo, os opostos podem ser verdade em algum modo místico e não-racional. Isso também torna Satanás pouco mais do que uma idéia, ou um mito, que é exatamente como o humanista vê as entidades que não são físicas. Satanás é muito bem-sucedido em convencer as pessoas que ele não existe de verdade. Até mesmo muitos cristãos evangélicos vêem Satanás essencialmente como um mito.

O resultado de tudo isso é que não há uma linha clara de distinção entre Deus o Pai, e Deus o Filho, ou a divindade de Jesus Cristo, e nenhuma linha clara de divisão entre Cristo e a pecaminosidade do homem. Também não há uma linha clara entre um homem perdido e um homem salvo. Nesse sistema, realmente não importa em que a pessoa acredita. Em vez disso, há um universalismo implícito ou explícito na neoteologia em que todos são salvos (gnosticismo). Nosso relacionamento pessoal com Deus não é significativo. Aquilo em que acreditamos (doutrina) não é importante. Eles nos dizem que a única coisa que importa é o que acontece para nós agora em termos de alguma experiência “religiosa”. (Para a vida ter significado ou propósito, a pessoa precisa ter alguma experiência existencial ou “autenticadora”.) Portanto, o neoteólogo fala ao mundo como se o mundo fosse a igreja, e fala à igreja como se a igreja fosse o mundo. (É exatamente isso que faz o Movimento de Crescimento de Igrejas.).

A idéia da antítese é estranha para o neoteólogo na área da religião. Não existem categorias no “andar de cima” (universais) porque a racionalidade não existe ali. Portanto, não há verdade proposicional na Bíblia, nenhuma doutrina que possa ser definida verbalmente. A Bíblia é citada como alguém citaria um poema e, em sua maior parte, é interpretada de forma alegórica, não literal. Portanto, é possível que um neoteólogo que realmente não acredita nas doutrinas históricas da fé cristã seja confundido com um evangélico fundamentalista se ele for cuidadoso em seu discurso. As Declarações de Fé não significam nada porque palavras religiosas não têm conteúdo. Também é fácil ver como Satanás pode usar isso para enganar as pessoas e unir todas as fés em uma religião global, que no fim o exaltará como deus. (2 Tessalonicenses 2:4).

A Nova Teologia Influencia as Traduções da Bíblia

As traduções sempre são afetadas pelas crenças dos tradutores. A Nova Teologia caracteriza o livro de Eugene Peterson, The Message, que ele chama de uma “tradução da Bíblia”, mas outras pessoas referem-se a ela como uma paráfrase. Entretanto, ela certamente não é uma “tradução” da Bíblia. Ela nem usa o princípio da tradução “palavra por palavra” ou o princípio do “pensamento por pensamento”, que são as bases para as traduções. Ela pode ser uma paráfrase, mas não tem qualquer tipo de equivalência em significado com os textos originais. É uma interpretação baseada no sistema de crenças de Peterson (as pressuposições), que é neo-ortodoxia. Ele diz: “Comecei a perceber que os adultos em minha classe não estavam sentindo a vitalidade e o impacto direto que eu sentia quando lia e estudava o Novo Testamento em seu original grego. Escrevendo direto a partir do original grego, comecei a tentar trazer para o inglês os ritmos e os idiomas da linguagem original.” Ele não está preocupado com o conteúdo teológico, mas com o ritmo dos textos originais. Isso pode ser visto facilmente comparando-se as passagens em Mateus 6:9-13, João 10:30; 14:28; Romanos 1:26-27; 3:19-20; 15:4-5; 1 Coríntios 6:9-18; 2 Coríntios 5:20; Gálatas 5:16-26; Efésios 2:1-3; 5:18; 6:10-19; Colossenses 2:10; Apocalipse 2:22 para citar apenas algumas. (Compare The Message com uma tradução moderna, como a NKJV ou a NVI, ou até mesmo uma paráfrase respeitada, como a Living Bible.) Ele simplesmente tira os textos bíblicos e os interpreta de modo a se encaixar nas experiências do mundo real das pessoas existencialmente, mas aquilo não é o que a Bíblia diz! É o que Peterson diz em palavras que interpretam a Bíblia em termos de algum tipo de “experiência autenticadora” de vida no estilo da Neo-ortodoxia. Entretanto, muito do contexto e do significado é simplesmente perdido porque não tem significado no sistema teológico de Peterson. A fé (crença) cristã está no conteúdo e nos detalhes, não no ritmo! Há um universalismo implícito ou explícito em The Message em que todos são salvos. Peterson está preocupado com a prática do cristianismo, que ela seja real e sincera, mas a salvação pessoal não é realmente uma questão. Peterson não é honesto o suficiente (ou talvez ache que todos compartilhem de sua teologia) para explicar a base Neo-ortodoxa de suas interpretações.

Peterson é professor de Teologia Espiritual no Regent College e tem um título de doutor em Ministério pelo Seminário Teológico de Nova York, que é muito modernista em sua teologia. (Ele compartilha suas instalações com o Seminário Teológico União, que há muito tempo é reconhecido como o máximo de modernismo em teologia.) O conceito dele de espiritualidade não é um estado de estar cheio ou controlado pelo Espírito, mas aquilo que você faz ou pratica. Ele diz: “A espiritualidade não é diferente daquilo que temos feito há dois mil anos simplesmente ir à igreja e receber os sacramentos, ser batizado, aprender a orar, e ler as Escrituras corretamente. É apenas uma coisa ordinária.” Isso é contrário à visão conservadora ou ortodoxa da espiritualidade (Gálatas 5:16-18; 22-26; Efésios 5:18, etc.) Peterson coloca a ênfase nos relacionamento com outras pessoas e não em um relacionamento pessoal com Deus. Para ele, qualquer um que pensa que é um cristão, é um cristão! “A igreja é o mundo…”, etc., ele fala sobre seguir a Jesus, mas está mais preocupado em usar os métodos de Jesus de se relacionar com as pessoas em sinceridade e “realidade”. É a experiência existencial, ou o fazer aquilo que é importante para ele. Sinceridade e ser “real” e “íntimo” com outras pessoas é a coisa mais importante. Peterson chama os crentes para uma vida vivida com “integridade, honestidade, sem invenções”, o que é recomendável. Ele considera o cristianismo um “mistério”; ele diz: “Mas estamos envolvidos com algo que tem um imenso mistério”. Na neo-ortodoxia, tudo que está na área do que é eterno ou universal é um mistério que não pode ser discutido porque não há racionalismo no “andar de cima”. Entretanto, “mistério” no Novo Testamento significa algo oculto no Antigo Testamento, mas revelado no Novo Testamento. Aquilo que está revelado no Novo Testamento não é mais um mistério. (Colossenses 1:16).

A paráfrase The Message é elogiada por ser fácil de ler. Rick Warren usa muitas citações dela em Uma Vida com Propósitos, e coloca as referências no apêndice. Se ele citasse as referências com os versos, muitos reconheceriam as chocantes diferenças no significado. O problema está na enganação envolvida em pensar que isso é o que a Palavra de Deus diz. Essa não é a mensagem de Deus, mas a mensagem do universalismo de Satanás, e muitos cristãos jovens escolherão essa tradução por ela ser fácil de ler sem perceberem as enganações doutrinárias ou a teologia moderna que está por trás dela. Schaeffer estava correto em sua percepção que poucos pastores e teólogos realmente compreendiam a teologia moderna (neo-ortodoxa). Até mesmo “fundamentalistas conservadores” como Warren Wiersbe e os Navigators parecem ter sido enganados. Satanás conta com o fato de os cristãos não conhecerem a verdade (João 8:31-32), exatamente como fez no Jardim do Éden (Gênesis 3:1). Sem dúvida alguma, The Message tornar-se-á a Bíblia da neoteologia, do Movimento de Nova Era e da Nova Ordem Mundial, e enganará a muitas pessoas. Elas nunca realmente compreenderão que Deus diz em Sua Palavra porque preferem acreditar naquilo que vem facilmente aos seus ouvidos sem que elas precisem fazer qualquer esforço. Elas são biblicamente analfabetas! Elas também serão facilmente enganadas pelo movimento satânico para a nova religião ecumênica da Nova Era e da Nova Ordem Mundial.

A Proposta de Discipulado da Nova Teologia

A Nova Teologia também é um aspecto do Movimento de Crescimento de Igrejas (as mega-igrejas), que usa o modelo Propósitos para formar discípulos. O livro Uma Vida com Propósitos, de Rick Warren, está repleto de argumentos para o discipulado, mas está cheio de citações de humanistas, socialistas e modernistas da Nova Era, bem como de citações da paráfrase The Message. Ashley Smith foi parar na primeira página dos jornais e recebeu cobertura da mídia elogiando Uma Vida com Propósitos como o modo como conseguiu influenciar seu seqüestrador. Somente quando ela foi entrevistada no programa da Oprah na televisão é que foi revelado que ela somente conseguiu acalmar seu seqüestrador dando-lhe uma dose de Meth. Ela tinha o medicamento porque o estava tomando. Assim, aparentemente, Uma Vida com Propósitos não foi realmente adequado para satisfazer as necessidades de Ashley. (Esse fato não recebeu cobertura da mídia.).

O Capítulo 30 do livro de Warren começa com “Servimos a Deus ao servir aos outros.” De onde Warren obteve esse mantra socialista? Não foi da Bíblia! (Esse velho mantra vem do “evangelho social” do modernismo do século XIX.) É verdade que podemos usar as oportunidades para ministrar às necessidades físicas como um modo de proclamar o evangelho, mas Jesus advertiu a respeito de trabalhar para o físico em vez de para o eterno e espiritual. (João 6:27) Ele disse: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mateus 16:26) A visão bíblica é que nossas vidas devem ser dirigidas e guiadas pelo Espírito Santo (Romanos 8:4-6, 9,10; Gálatas 5:16, 22-25; Efésios 5:18; João 1:3-10), não algum “propósito” social que pensamos que precisamos para dar significado às nossas vidas em um mundo humanista (existencialismo religioso). No sítio na Internet da Igreja da Comunidade de Saddleback, Rick Warren diz: “Mas tudo isso não é sobre nós… É tudo sobre a glória global de Deus! Pretendemos alavancar a atenção que Uma Vida com Propósitos tem conquistado para criar um modo totalmente novo de pensar e agir na igreja com relação à nossa responsabilidade no mundo.” O modelo Propósitos tem realmente recebido muita atenção em todo o mundo, análises favoráveis na imprensa, bem como muito dinheiro.

A Nova Teologia acomoda o ocultismo e o Movimento de Nova Era, que parecem estar preparando o mundo para a entronização de Satanás como o deus deste mundo (2 Tessalonicenses 2:3-10) com sua ênfase no centrar-se em si mesmo, na sexualidade e no emocionalismo. Rick Warren provavelmente não compreende os objetivos do Movimento de Nova Era, da Nova Ordem Mundial ou como o Movimento Propósitos se encaixa com os planos deles de formar discípulos dedicados à nova religião mundial que atrairá a todos. (O autor recebeu a garantia de outro pastor, que é um amigo de Rick Warren, que “o coração dele está no lugar certo”. Entretanto, poucos pastores parecem saber o que está se passando no mundo com o ocultismo, o globalismo, a Nova Ordem Mundial, etc., muito menos sabem “conectar os pontos”.) Ele fala sobre o novo despertamento espiritual, mas na terminologia da Nova Teologia qualquer coisa “espiritual” é mística. É apenas uma palavra de conotação usada para evocar as emoções. Rick Warren pode não adotar a Nova Teologia, mas parece que está definitivamente influenciado por ela. Em um mundo governado por Satanás (Lucas 4:6; João 12:31; 14:30; 16:11; 17:15; 1 João 5:19; Apocalipse 20:3) as coisas não são o que parecem ser à primeira vista!

Conclusões

A teologia moderna não fornece respostas para o problema espiritual da separação do homem de Deus. Ela lida somente com as experiências sociais e políticas (existenciais), não com as questões espirituais e eternas. Os teólogos modernos não podem falar sobre questões espirituais universais “do andar de cima” porque não existe racionalidade ou categorias para elas na área dos [pressupostos] “universais” ou “eternos”. Assim sendo, eles não ensinam os cristãos a como serem cheios do Espírito Santo, como lidarem com os demônios, ou como lidarem com a velha natureza pecaminosa.

A teologia moderna não vê diferença entre a igreja e o mundo, ao contrário do que diz João 15:15; 15:18-19; 1 João 2:15. A ênfase está em particularidades (“o andar de baixo”) — a prática de atos religiosos, por exemplo, o evangelho social, “seguir a Jesus”, psicologia popular, etc., que fornecem experiências existenciais que dão algum tipo de significado à vida (mas que não podem ser discutidas). Os cristãos precisam compreender a diferença. Não há ênfase na salvação pessoal ou em um relacionamento pessoal com Deus, pois isso é irrelevante. A Nova Teologia não nega ativamente as verdades do cristianismo ortodoxo ou conservador, como o nascimento virginal, a divindade de Cristo, a veracidade da Bíblia, o pecado, a existência do inferno, etc. Em vez disso, ela simplesmente coloca essas questões no “andar de cima” bifurcado, onde elas não podem ser discutidas ou definidas racionalmente.

Os humanistas modernos e os aderentes da Nova Era vêem a verdade como algo que não pode ser definido em palavras, mas que pode ser somente experimentado na mente e nas emoções. Isso segue o neoplatonismo e o ocultismo com sua tese da superioridade das emoções e da intuição em oposição à razão e à lógica. Portanto, a Nova Teologia enfatiza mais a adoração pública do que a doutrina bíblica. Essa atitude também é demonstrada em muitos círculos cristãos hoje na interpretação da Bíblia.

Satanás tem procurado influenciar os cristãos desde o início da igreja. A técnica básica dele é o engano, que somente pode ser bem-sucedido se não conhecermos a verdade. O homem não pode determinar a verdade por si mesmo. O único modo de o homem saber o que é verdade é Deus dizer a ele o que é a verdade em termos proposicionais! (Essa é a única epistemologia razoável — veja A Morte da Razão e O Deus Que Se Revela na bibliografia.) Portanto, a única fonte confiável de verdade é a Palavra de Deus. (João 1:17; 17:17) Crescemos em uma cultura humanista e somos moldados por esse ponto de vista. O modo como interpretamos a Bíblia determina o que percebemos que Deus está dizendo. Isso também é uma escolha! Podemos compreender as palavras como verdade proposicional em seu contexto gramático, cultural e histórico divinamente revelado ao homem, ou podemos torná-las vazias de qualquer conteúdo doutrinário ou alegorizá-las para que signifiquem qualquer coisa que quisermos que elas signifiquem. A Bíblia deve determinar nossa visão do mundo em vez de o mundo determinar nossa visão da Bíblia.

Lembre-se das palavras de Paulo em 2 Coríntios 11:13-15:

“Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.”

Hoje, o mantra humanista universal é: “Acredite em si mesmo.” A cosmovisão humanista é centrada no próprio homem, não em Deus. A Nova Teologia é derivada do humanismo. A visão dela do evangelho e do cristianismo é centrada no homem, não em Deus. A salvação da humanidade está baseada nos esforços do próprio homem. Isso leva a auto-adoração, o que prepara o mundo para a adoração a Satanás. Os adoradores de si mesmos poderão então ser facilmente levados à adoração a Lúcifer, o “iluminador”. Infelizmente, muitos cristãos estão muito presos no sistema mundano e em seu ponto de vista, o que afeta o conceito deles da verdade e como eles interpretam a realidade e as Escrituras.

A decisão mais importante que toda pessoa faz é colocar Deus no centro, ou então ser centrada em si mesma. Isso determinará se a pessoa quer ter um relacionamento pessoal com o Deus Pessoal e Infinito, ou não. De um modo geral, as igrejas e as escolas cristãs falharam em ensinar os cristãos como viver a vida cristã e a adequadamente preparar os jovens cristãos a compreenderem a diferença de ponto de vista de modo a lidar com um mundo humanista “pós-cristão”. Elas falharam em advertir os cristãos sobre o humanismo e a neo-ortodoxia e suas ideologias, de modo que os cristãos são enganados facilmente. Os pastores neo-ortodoxos podem facilmente insinuar-se para uma igreja evangélica sem que o humanismo que existe em sua ideologia seja reconhecido. Os cristãos deixam de reconhecer que Satanás é bem-sucedido em conseguir usar a igreja para seus próprios propósitos e enganações.

A maioria dos cristãos realmente não quer falar sobre as questões “negativas” ou sobre Satanás. A maioria prefere acreditar na visão modernista pós-milenista que o mundo está se tornando cada vez melhor até que todo o mundo se converterá ao cristianismo. O homem, por seus próprios esforços, eliminará o mal, a pobreza, as guerras, etc. e dará início ao Reino, após o que Cristo retornará. Entretanto, houve mais guerras, sofrimentos e perseguições no século XX do que no século XIX, de modo que não é possível defender racionalmente o pós-milenismo. Mas a Palavra imutável de Deus apresenta um cenário diferente:

“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios.” [1 Timóteo 4:1].

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” [2 Timóteo 4:3-4].

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” [2 Timóteo 3:16-17].

Bibliografia

A Morte da Razão, Francis A. Schaeffer, Editora Cultura Cristã, http://www.cep.org.br.

O Deus Que Intervém, Francis A. Schaeffer, Editora Cultura Cristã, http://www.cep.org.br.

O Deus Que Se Revela, Francis A. Schaeffer, Editora Cultura Cristã, http://www.cep.org.br.

Como Viveremos?, Francis A. Schaeffer, Editora Cultura Cristã, http://www.cep.org.br.

The Conflit of the Ages, Arno C. Gaebelein, D. D., reimpresso por The Exhorters, Vienna, Virgínia.

The Church at the End of the Twentieth Century, Francis Schaeffer.

The Great Evangelical Disaster, Francis Schaeffer., Crossway Books, 1984.

The Complete Works of Francis A. Schaeffer, Crossway Books, 1982.

The Battle of the Mind, Tim LaHaye, Fleming H. Revell and Co., 1980.

The Battle for the Bible, Dr. Harold Lindsell, Zondervan, 1976.

New Age Bible Versions, G. A. Riplinger, AV Publications, 1993.

A Sedução do Cristianismo, Dave Hunt e McMahon, Editora Chamada da Meia-Noite, http://www.chamada.com.br.

The Hidden Dangers of the Rainbow, Constance Cumbey, Huntington House, Shreveport, Louisiana, 1983.

The New Age Movement and Our Coming Age of Barbarism, Constance Cumbey, Huntington House, Shreveport, Louisiana, 1983.

Star Signs and Salvation In The Age of Aquarius, James Bjornstad & Shildes Johnson.

Gods of the New Age, Caryl Matrisciana, Harvest House, 1985.

“Reinvening the World, The Seamless System”, Berit Kjos, 2001, http://www.crossroad.to/articles2/Reinvent1.htm.

“What is Transformation?”, Lynn and Sarah Leslie, artigo em http://www.newswithviews.com/Leslie/sarah.htm.

Ascendancy of the Scientific Dictatorship, An Examination of Epistemic Autocracy from the 19th to the 21st Century, Phillip & Paul Collins, iUniverse, 2004.

Sobre o Autor

Gene K. Smith tem formação acadêmica em Física Aplicada e em Ciência da Computação, e formou-se no programa de graduação de Engenharia Avançada da companhia General Electric. Ele trabalhou como Engenheiro de Sistemas Aeroespaciais para a GE, em Nova York, e para a Litton Systems, na Califórnia, trabalhando nas áreas de Análise de Sistemas e desenvolvimento de Engenharia Avançada.

Após dezesseis anos de atuação na área de Engenharia Aeroespacial, ele largou a vida agitada nas grandes cidades e mudou com sua família para o Oregon, para criar ovelhas. Há quarenta anos que ele está ativamente envolvido em Educação Cristã, em administração e no ensino de classes bíblicas para adultos. Ele recebeu Jesus Cristo como seu Salvador aos onze anos de idade (de acordo com João 1:12 e Romanos 10:9-10) em uma igreja conservadora de uma denominação tradicional, mas lutou durante seus anos de adolescência tentando saber como viver a vida cristã. Nem um de seus pastores ou os cristãos que ele conhecia conseguiam responder às suas perguntas.

Em seu último ano na Universidade da Califórnia em Los Angeles, Deus começou a colocar mestres da Bíblia em sua vida, alguns dos quais eram eruditos bíblicos de classe internacional, para responder a essas perguntas e com quem ele aprendeu os fundamentos da exposição bíblica, da hermenêutica, e da teologia. Seu assunto favorito é Teologia Sistemática. Gene escreve suas próprias lições de estudo bíblico porque não consegue encontrar publicações que ensinem adequadamente os princípios espirituais (doutrinas) para viver a vida cristã. Atualmente, ele exerce os cargos de presbítero e professor em sua igreja local.

Ele vive com sua mulher, Phyllis, em uma área rural no sul do estado do Oregon.

Gene K. Smith pode ser contactado pelo endereço eletrônico goodrancher@frontiernet.net

Autor: Gene K. Smith; artigo extraído de Kjos Ministries, em http://www.crossroad.to

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