Estudos Bíblicos Teologia

Ficar firme não é a linguagem de uma geração terapêutica!

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Vivemos numa geração terapêutica, onde cada mal da alma humana é descrito em termos de doença e não pecados. Isso gera naturalmente uma vida autocomplacente, fazendo com que o homem sinta pena de si mesmo e se veja como vítima…

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Vivemos numa geração terapêutica, onde cada mal da alma humana é descrito em termos de doença e não pecados. Isso gera naturalmente uma vida autocomplacente, fazendo com que o homem sinta pena de si mesmo e se veja como vítima, legitimando assim os males do seu coração.

Uma visão deturpada da doutrina bíblica do pecado humano impossibilita o homem de ver a grandeza do Evangelho e o prende ao culto a si mesmo num cristianismo meramente nominal.

Homens assim nunca estão firmes, pois quem poderia estar sem o verdadeiro evangelho? Não podem resistir no dia comum, sequer podem estar de pé no dia mau: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade” – Efésios 6:13-14 – Ficar firmes, ficar firmes… não é a linguagem de uma geração terapêutica.

Willian Gurnall (1616-1679), um dos grandes Puritanos, disse certa vez:

“Se o teu coração não é fixo em seu propósito, seus princípios, tão “bom” quanto você  possa achar que ele é, vai  fica solto e vai ter a mesma utilidade no calor da batalha que tem um arco mal amarrado e com cordas frouxas que não podem lançar flechas.

Aquele que tem apenas um conhecimento superficial do seu Rei e do que Ele claramente ensinou sobre tudo, especialmente sobre teu próprio coração, pode ser facilmente persuadido a mudar sua lealdade, ou, pelo menos, tentar manter-se neutro diante da traição que é a vida do homem natural criado para a glória de um Deus que ele agora despreza. Tentar estar neutro é ter escolhido o lado dos adversários de Deus, é ter escolhido seguir o próprio coração, seguir com a multidão… 

 Alguns cristãos professos têm apenas um conhecimento meramente humano e superficial disfarçado de evangelho. Eles não podem se dar conta do que esperar, dentro deles não há nada da revelação de Deus sobre eles mesmos, sobre o pecado, sobre o mundo… E se eles tem alguns princípios, alguma amabilidade… eles são tão instáveis que cada vento os sopra como telhas soltas de um telhado.

Quando os dardos poderosos de Satanás e da tentação caem sobre você como uma grande onda, você deve se agarrar as verdades de Deus, e nenhuma filosofia nascida no coração do homem natural poderá te ajudar, na verdade elas podem apenas te deixar mais abertos aos ataques, pois foram engendradas pelo inimigo. Não espere estar afundando sob o ataque para tentar consertar o barco. Um compromisso fraco não tem esperança de salvação quando pego na tempestade. Enquanto o cristão nominal se afoga, a determinação santa gerada pelo Espírito, fundamentada no Senhor, levanta sua cabeça como uma rocha no meio das ondas mais altas.

A Escritura promete que nesta batalha contra o mundo, a carne, satanás… “O povo que conhece ao seu Deus se tornará forte, e fará proezas” – Daniel 11.32. Um anjo disse a Daniel que muitos se levantariam para ser contados entre os que estavam firmes em  Deus quando tentados e perseguidos por Antíaco. Alguns poderiam ser comprados  por suborno de homens ( de um mundo) corrupto, outros cairiam vítimas da intimidação e ameaças. Mas alguns, que estavam firmemente fundamentados nos princípios da verdadeira fé produzida pelo Espírito, iriam fazer grandes coisas para a manifestação da glória de Deus neste mundo caído e mau. Isso quer dizer que seriam incorruptíveis aos meios, poderes e forças do inimigo.

 Conhecimento meramente intelectual das coisas de Cristo não é suficiente… o que diremos de um conhecimento corrompido pelo mundo? Seguir a Cristo no campo de batalha, vendo a luta como um “bom combate”, é uma questão de conhecimento verdadeiro e uma questão de coração, de um novo coração. Se o seu coração não é fixo em seu propósito, seus princípios, tão bem “intencionado” que você diga estar, vai estar solto e ter a mesma utilidade no calor da batalha de um arco com suas cordas frouxas. Determinação indiferente não vai se aventurar muito longe nesta grande batalha, no bom combate para a glória de Cristo… porque estará todo tempo comprometido consigo mesmo e não com Ele.”

A psicologia humanista foi substituindo o Evangelho na vida de muitos que se dizem cristãos, e como resultado óbvio, o pecado está “desaparecendo”… não porque tem sido vencido, apagado…, mas porque começou a ser descrito e aceito não como rebelião contra um Deus santo, mas como algo do qual o homem é vítima “inocente”. Foi desaparecendo no vocabulário do mundo, foi desaparecendo dos púlpitos, foi desaparecendo da vida dos que ouvem o que os púlpitos tem pregado, e o que eles tem pregado  são meros conselhos para o homem administrar melhor a vida.

Como resultado óbvio, aqueles que se dizem filhos de Deus, como o mundo a sua volta, padecem de uma “anemia” moral. Mas o homem que de fato foi regenerado, foi chamado a travar, pelo poder do Espírito, um bom combate contra a carne, o mundo, satanás… contra o pecado: “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” –  Hebreus 12:4 – Resistir até o sangue combatendo contra o pecado não pode, é óbvio, se encaixar numa geração terapêutica, numa geração de vítimas. Resistir até a morte, diz o autor de Hebreus, é o que um soldado faz no campo de batalha, se eles tivessem que morrer para glorificar a Deus com suas vidas, que morressem.

O melhor conselho para um homem que abraçou e sofre dessa “anemia” moral é, evite o cristianismo. Se você quer viver uma vida falsa e autocomplacente, independente daquilo do que você faz, não se torne cristão, porque o espírito dessa era terapêutica só pode formar cristãos nominais, apenas o poder regenerador do Espírito faz o homem ver o pecado como ele é, ver seu coração como ele é, sem desculpas, sem complacência para consigo mesmo e para com o pecado: “Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios” – Marcos 7:21 – Jesus está descrevendo não uma doença, mas o que o homem natural é. Ele precisa morrer e nascer de novo.

Então de fato o melhor conselho para quem está preso na teia da psicologia humanista que formou uma geração terapêutica é não se torne cristão, pois o verdadeiro cristianismo é o chamado para um combate. Mas se você foi despertado e deseja uma vida de autodescoberta, profundamente satisfatória para a natureza que Deus lhe deu; se quer uma vida de aventura na qual tem o privilégio de negar a si mesmo e então seguir e servir ao Senhor e aos seus companheiros de jornada no curto período de peregrinação nesta terra; se agora almeja esta vida que expressa algo dessa gratidão impressionante dos que foram salvos de seus pecados… se ganhou um novo coração para odiar o que amava e amor o que odiava, convertido do pecado e de si mesmo para Deus, do pecado para a santidade… então o Espírito da graça está operando em você, e a notícia incrível é que:  “tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” – Filipenses 1.6

Soli Deo Gloria – Josemar Bessa

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