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Jornalista israelense: Se Obama tratasse Israel como Reagan tratou, ele mereceria impeachment

Jornalista israelense: Se Obama tratasse Israel como Reagan tratou, ele mereceria impeachment
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Julio Severo

Deparei-me com um artigo intrigante, escrito por Chemi Shale, no jornal israelense Haaretz. Shale faz alguns pontos interessantes sobre Reagan, que é um ícone conservador e é meu herói conservador.

Bandeira de Israel
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Bandeira de Israel

Reagan é considerado amigo de Israel, mas ele nunca visitou Israel. Faço uma pergunta: o que impede um amigo de Israel de visitar Israel?

Sou amigo de Israel. Mas meu motivo para não visitar Israel é econômico. Se eu tivesse uma chance, eu visitaria Israel.

Certamente, se eu fosse um presidente conservador dos Estados Unidos, eu faria uma visita anual à Terra Prometida dada por Deus a Abraão, Isaque, Jacó e seus descendentes judeus.

Acima de tudo, eu faria com que o governo americano reconhecesse oficialmente Jerusalém como capital de Israel. Inacreditavelmente, muito embora alguns presidentes dos EUA, inclusive Reagan, dissessem que eram amigos de Israel, nenhum deles reconheceu Jerusalém como capital de Israel.

Chemi Shale destaca outras grandes questões problemáticas com as quais um amigo de Israel nunca se envolveria, mas com as quais Reagan se envolveu. Ele disse: “Os confrontos do ex-presidente Ronald Reagan com Israel foram duros e pessoais, mas os conservadores do Partido Republicano o reverenciam e os judeus se lembram dele como um grande amigo.”

Em sua primeira eleição em 1980, Reagan ganhou 39% dos votos dos judeus. Em sua reeleição de 1984, ele conseguiu ganhar apenas 31%. Em comparação, o socialista Barack Obama ganhou surpreendentemente 78% dos votos dos judeus em 2008, ainda que Obama seja mais pró-islamismo e anti-Israel do que Reagan.

O que não é surpresa é que os judeus americanos (e os judeus no mundo inteiro) têm preferências políticas tradicionalmente socialistas.

Shale se esqueceu de mencionar o caso cruel do espião judeu Jonathan Pollard, que tem passado 29 anos de uma sentença de prisão perpétua sem precedentes numa penitenciária federal dos EUA por passar informações secretas para Israel, aliado dos Estados Unidos. A sentença típica para esse crime é 2 a 4 anos. Ninguém mais na história dos Estados Unidos recebeu prisão perpétua por esse crime. Ele foi condenado pelo governo de Reagan.

Pollard não estava espionando para obter vantagem econômica para Israel contra os EUA. Ele estava espionando só para ajudar a tornar Israel mais seguro contra seus vizinhos islâmicos, pois os EUA não revelavam (e não revelam) para seu “amigo” Israel os segredos militares que sabia sobre seus outros amigos: os vizinhos muçulmanos de Israel que odeiam judeus.

Enquanto a NSA fica impune por espionar por suspeitos interesses políticos e financeiros, um judeu foi punido de forma incrível pelo governo de Reagan.

Como fã de Reagan, o que eu deveria pensar? Creio que Reagan foi um conservador sincero. Ele tinha amizade com proeminentes líderes evangélicos, inclusive George Otis, que deu para Reagan uma profecia em 1970 sobre a presidência dos EUA. Otis era um homem de Deus.

Mesmo com suas melhores intenções políticas, Reagan nunca teve êxito em seus esforços para derrotar a vergonhosa lei de aborto, sancionada em 1973 na maior nação evangélica do mundo. Desde então, o aborto, em qualquer fase, se tornou um direito “sagrado” nos Estados Unidos.

Há poderosas forças das trevas no governo dos EUA, e essas forças usam o governo dos EUA para manter uma hegemonia mundial, inclusive no Oriente Médio. Ninguém pode “interferir” em seus interesses. Essas forças não tolerarão que ninguém — Israel, Rússia ou outra nação — perturbe sua influência mundial. Possivelmente, essa é a razão por que Reagan foi tão duro, conforme apontou Shale, com Israel. Aliás, se víssemos hoje Obama fazendo com Israel o que Reagan fez, Shale acha que o chamaríamos “inimigo de Israel.”

A culpa da conduta e políticas supostamente anti-Israel de Reagan deveria ser lançada sobre os neocons oligárquicos, que usam os EUA e seus presidentes para manter sua hegemonia no mundo.

Fico pensando: o que os neocons teriam feito com Reagan se seu governo tivesse oficialmente reconhecido Jerusalém como capital de Israel? O que eles teriam feito com ele se ele tivesse colocado Israel acima dos interesses hegemônicos deles? O que eles teriam feito se ele parasse de queimar incenso para eles?

Se Reagan não era forte o suficiente para desafiar esses bandidos excessivamente maus, quem o fará?

Talvez Israel devesse parar de reconhecer Washington como capital dos Estados Unidos enquanto os EUA não reconhecem Jerusalém. Contudo, quem pode aguentar a força bruta do império neocon americano?

Vamos ser honestos: Reagan não agiu como um conservador de verdade quando ele cedeu aos neocons anti-Israel e pró-Arábia Saudita.

O conservador de verdade deveria resistir a esses bandidos, ainda que desafiá-los signifique martírio.

Com Obama ou Reagan, a suprema oligarquia no governo dos EUA nunca reconhece Jerusalém como capital de Israel, sempre impõe sobre Israel uma divisão intrusiva da Terra Prometida e planos de paz fracassados e sempre, de uma maneira ou de outra, é dura com Israel. Pois quer Reagan ou Obama, quer um presidente esquerdista ou conservador ocupe a Casa Branca, poderosas forças oligárquicas governam por trás deles.

Provavelmente, Chemi Shale é como a maioria dos judeus do mundo todo: socialista. Mas suas palavras no Haaretz deviam ser examinadas:

Imagine se Israel lançasse um ataque preventivo bem-sucedido contra um país que está construindo uma bomba nuclear que ameaça a própria existência de Israel, e o presidente americano descrevesse o ataque como “uma tragédia.”

E então, não só o governo dos EUA deixasse de “permanecer ao lado de seu aliado,” mas também ajudasse uma decisão do Conselho de Segurança da ONU que condena Israel, requer que Israel coloque suas instalações nucleares sob supervisão internacional e exige que Israel pague indenizações (!) pelos danos que provocou.

E então, para piorar as coisas, o presidente dos EUA impusesse um embargo em vendas adicionais de caças F-16 porque Israel “violou seu compromisso de usar os aviões somente em autodefesa.”

Dá para você imaginar o alvoroço? Dá para você imaginar a revolta? O que quero dizer é que se o [Partido Republicano acredita] que o presidente Obama está sacrificando o aliado Israel por razões egoístas — o que eles diriam sobre um presidente que de fato deu as costas para Israel em seu tempo de maior necessidade? Que ele atirou Israel do penhasco com uma granada carregada de explosivos em seu bolso, direto para um vulcão em brasa?

E se esse mesmo presidente, apenas alguns meses mais tarde, decidisse vender sofisticados armamentos, que verdadeiramente decidem guerras, para a Arábia Saudita, um país árabe que é inimigo declarado de Israel? E não só esse presidente rejeitaria as objeções de Israel de que essas armas colocam em perigo a segurança de Israel, mas ele realmente avisaria, de um modo que deu calafrios nos judeus americanos, que “outras nações não devem se intrometer na política externa dos EUA.”

O que quero dizer é: quais palavras nos restariam para descrever tal conduta, depois que o arsenal do dicionário de sinônimos para palavras como “insulto,” “perfídia” e “facada nas costas” se esgotou para descrever a foto oficial da Casa Branca do presidente Obama conversando com o primeiro-ministro Netanyahu com seus sapatos em cima da mesa?

E se esse mesmo presidente — você sabe de quem estou falando a essa altura, mas vamos indo com o segredo — e se esse mesmo presidente, vez após vez após vez, não só deixasse de exercer o veto dos EUA no Conselho de Segurança da ONU para bloquear resoluções anti-Israel, mas realmente se unisse a nações muçulmanas, comunistas e pagãs para apoiar decisões do Conselho de Segurança que condenavam Israel por assassinar terroristas famosos; por anexar territórios que Michele Bachman claramente declarou que pertencem a Israel; por matar estudantes islâmicos violentos na Universidade Bir Zeit; por travar guerra contra os inimigos da civilização ocidental no Líbano; e até pelas “políticas e práticas de Israel que negam os direitos humanos dos palestinos.” Negar os direitos humanos dos palestinos? Quem foi que escreveu isso?

Especialmente quando o presidente pediu uma parada total na colonização que “mais do que qualquer outra ação, poderia criar a confiança necessária para participação mais ampla nessas conversações”; quando ele ameaçou um relutante primeiro-ministro de Israel numa carta oficial de que “o relacionamento entre nossos dois países está em risco”; quando o mesmo primeiro-ministro de Israel — que, a propósito, era insuportável para esse presidente — é forçado a perguntar por que os EUA estão tratando Israel como se fosse uma “republiqueta”; quando o ministro da defesa desse governo americano não esconde suas críticas a Israel diante de uma multidão pró-Israel no Fórum Saban, mas realmente diz ao Congresso em sessão aberta que o líder israelense “não é moderado”; ou quando o porta-voz da Casa Branca — pelo amor de Deus, o Marlin Fitzwater — diz que a “ocupação” israelense realmente “prejudica o auto-respeito e a opinião mundial acerca do povo israelense.”

E finalmente imagine se esse presidente não só nunca visitou Israel, nem uma única vez, apesar de ocupar a presidência durante oito anos, mas ele chegou a recusar visitar um campo de concentração onde judeus foram mortos, tal qual Obama fez depois de seu discurso no Cairo. Você quer saber a razão? Porque — respire fundo — os alemães “sentem que têm um sentimento de culpa que lhes foi imposto.” Coitadinhos.

Mas espere, ainda não terminei. Então, aonde é que esse presidente insiste em ir, apesar de objeções da maioria esmagadora dos judeus e de um apelo comovente de último minuto de Elie Wiesel no nome dos sobreviventes do Holocausto? Colocar uma coroa de flores numa cerimônia em comemoração dos soldados da Waffen SS, uma unidade nazista designada como organização criminosa nos julgamentos de Nuremberg, cujos soldados cometeram inúmeros crimes de guerra, inclusive a destruição do Gueto de Varsóvia, e assassinaram centenas de milhares de judeus. E o que esse presidente, esse ídolo americano dos conservadores republicanos, esse gentio justo dos judeus direitistas, o que ele tem a dizer acerca desses criminosos nazistas de guerra? Que “eles eram vítimas tão certamente quanto as vítimas nos campos de concentração.”

Agora, com toda a seriedade, dá para você tentar imaginar o caos que explodiria se Obama dissesse tal sentença insensível, obtusa e que beira a negar o Holocausto? Dá para você imaginar o terremoto de indignação e o tsunami de malignidade que de forma espontânea e simultânea explodiriam?

 

Fonte: Julio Severo

Divulgação: eismeaqui.com.br

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