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Cidade mais evangélica do Brasil rechaça Lula e PT

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Julio Severo

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Arroio do Padre não faz jus ao seu nome católico. A cidade gaúcha há tempos não tem um padre católico. E, se tivesse, ele ficaria sem o que fazer ali.

De acordo com o último censo (2010), 85,8% dos seus 2.900 habitantes professa a fé evangélica, enquanto apenas 7,7% são católicos, 4,7% definem-se como “sem religião” e há menos de 1% de espíritas e de testemunhas-de-jeová.Afinal, Arroio do Padre, situada na região sul no Rio Grande do Sul, a 200 km de Porto Alegre, é o município brasileiro com maior número de evangélicos.

Dentre as denominações protestantes em Arroio do Padre, a maioria da população é luterana, cerca de 69,34% dos habitantes do município. Os pentecostais são 6,88%, dentre os quais, as Assembleias de Deus são o maior grupo pentecostal, com 1,42% da população, seguida pela Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil Para Cristo com 0,14%.

A maioria dos habitantes é membro das igrejas luteranas (IECLB, IELB e a IELI).

O que de fato não há muito ali: simpatizantes do PT. Na eleição de 2006, Arroio deu a Lula sua menor votação proporcional no país (11,5% contra 81,5% do tucano Geraldo Alckmin).

“Esta situação com a esquerda se complicou bastante. Em função da religiosidade aqui, complica [o apoio] a essa ala”, afirma o secretário de administração local, Loutar Prieb, que se locomove num carro com adesivos de crucifixo e peixe (antigo símbolo cristão). “Nosso primeiro prefeito era do PDT, mas teve origem na Arena [partido de suporte ao governo militar].”

Em 2014, Aécio Neves (PSDB) perdeu a eleição presidencial, mas bateu Dilma (PT) ali por 70,5% a 30,5%. O atual prefeito, Leonir Baschi, é do DEM, e seus antecessores, do PFL (atual DEM) e do PP, siglas menos esquerdistas do que o PT. “A ideia esquerdista não é muito bem-aceita pelos que são de origem [alemã]”, diz o pastor Agner.

Tradicionalmente, a maioria dos evangélicos não aceita a esquerda. Por isso, nos anos do governo militar as operações da CIA encontravam maior aceitabilidade entre os evangélicos enquanto que as ações da KGB comunista encontravam maior aceitabilidade entre católicos.

Apesar de a ideologia esquerdista não ser bem aceita pela população majoritariamente luterana de Arroio do Padre, esse não é o caso da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, a IECLB, que é a maior denominação luterana do Brasil. A IECLB, que imita ideologicamente a CNBB, sucumbiu, em grande parte, à Teologia da Libertação, à Teologia da Missão Integral e à Teologia Gay.

Os pastores luteranos de Arroio do Padre não criticam abertamente as apostasias da IECLB, as quais fatalmente levarão a uma maior esquerdização, cedo ou tarde. Mas criticam o neopentecostalismo.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, esses pastores condenaram as igrejas neopentecostais por suas “promessas de curas milagrosas, libertação de possessões demoníacas e cultos para ‘sucesso financeiro.’”

Um dos críticos, o Rev. Michael Kuff, foi entrevistado enquanto vestia uma camisa estampada com uma caveira com fones de ouvido, ouvindo rock cristão. Ele é fã do Oficina G3, banda de rock que nasceu numa grande igreja neopentecostal, mas abandonou o neopentecostalismo ehoje está trilhando o caminho da Teologia da Missão Integral.

Talvez para Kuff, sair do neopentecostalismo seja mais importante do que sair da TMI. Se esse for o caso, por quanto tempo a cidadezinha luterana de Arroio do Padre continuará conseguindo evitar a esquerda?

A entrevista, que poderia ser melhor aproveitada atacando o esquerdismo, ocupou-se atacando o neopentecostalismo.

Outra parte importante da entrevista focou nos hábitos pessoais dos luteranos de Arroio do Padre. A Folha de S. Paulo encerra a entrevista dizendo (resumidamente):

Zelosos da raiz germânica, os evangélicos de Arroio sabem valorizar um bom caneco de cerveja, diz Andiara Bonow, chefe de gabinete do prefeito Leonir Baschi (DEM).

Foi inclusive em um “bailão” no qual não faltou álcool que conheceu seu marido, de quem herdou o sobrenome Bonow — do clã que também batiza a cervejaria local, maior point da cidadezinha.

“Somos uma comunidade que consome muita cerveja”, ratifica o prefeito do município, com PIB per capita de R$ 14 mil em 2013 (quando a média brasileira era de R$ 26,5 mil), numa economia baseada na produção de tabaco.

O pastor Kuff defendeu os hábitos da cidade luterana: “Muitos acham que é pecado dançar, beber cerveja, vinho. Mas o pecado não está nas coisas, mas dentro de si.”

A poucos metros, numa tarde de setembro, caminha um rapaz com uma garrafa PET em mãos (conteúdo desconhecido) e camisa que ostenta o coelhinho símbolo da revista “Playboy”. Como tantos ali, é também evangélico.

Em vez de combaterem ferrenhamente o neopentecostalismo, que atrapalha as pretensões da esquerda, os pastores luteranos de Arroio do Padre deveriam combater ferrenhamente as apostasias da IECLB. A esquerda brasileira já reconheceu várias vezes que a única resistência real às suas pretensões é o neopentecostalismo.

Em vez de se encherem de bebida alcoólica, deveriam fazer o que a Palavra de Deus orienta:

“Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito.” (Efésios 5:18 NVI)

Com informações da Folha de S. Paulo, GospelPrime e Wikipédia.

Fonte: juliosevero

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