Apologética Teologia

O comercio dos amuletos e o movimento judaizante.

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Por: Pr. Alexandre Fariasv

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Estive na expo cristã deste ano (2009) e fiquei triste por não ter muitas novidades, mas fiquei mais triste em ver os amuletos evangélicos e o movimento judaizante ganhar espaço em muitas igrejas e comunidades.

A certeza disso é ver a quantidade de objetos judaizantes e relíquias que estavam expostos em diversos estandes nesta feira considerada a maior feira evangélica do Brasil. Muitos pastores levaram estes objetos para suas comunidades como se fosse o próprio Deus, algo impressionante!

O dinheiro que poderia ser gasto em ação social foi revertido para a idolatria evangélica.

Eu vi uma arca da aliança enorme, vi chofar de vários tamanhos e tipos, Kipás, pendentes e acessórios de Israel não faltaram.

Se algumas igrejas ficam alegres em trazer estes acessórios para suas comunidades, que sejam felizes, mas este tipo de movimento judaizante não tem nada a ver com a igreja.

Algumas igrejas querem ressuscitar as festas judaicas, mas o que isso tem a ver com a igreja de hoje?

Podem ser apenas apresentadas como uma demonstração cultural, mas uma igreja não é mais abençoada por trazer este tipo de movimento ou cultura para dentro da sua comunidade. Penso que em alguns casos isso leva costumes das quais a Palavra de Deus nos afirma para ficarmos longe.

Hoje, a arca da aliança sou eu e você, temos a presença de Deus dentro de nós, nós somos o corpo de Cristo que carrega o Espírito Santo.

1º Coríntios, 12:27 “Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros.”

Paulo afirma que somos templo do Espírito Santo – “Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço; glorificai, pois a Deus no vosso corpo”. I Coríntios 6:19-20

Eu não preciso da arca para lembrar que Deus está perto de mim, não preciso usar o kipá para lembra-se da presença de Deus, para lembrar que Deus está acima da minha cabeça ou que Ele deve ser soberano em minha vida.

Os judeus cobrem suas cabeças com estes objetivos, usam como se fosse um ritual, o Talmude recomenda que se cubra a cabeça dos meninos pequenos para educá-los a serem fiéis ao crescerem. Mas o seu uso hoje também é ligado a uma demonstração de quem é gentio e judeu.

Eu sou gentio, lavado e remido no sangue de Cristo que me purificou de todo o pecado e isso não me faz menor do que qualquer judeu.

Romanos, 3:29 “É porventura Deus somente dos judeus? Não é também dos gentios? Também dos gentios, certamente,”

O que assusta é ver movimentos como estes entrar na igreja como a ultima bolacha do pacote.

Já existem empresas especializadas em campanhas de qualquer tipo, as relíquias são diversas, desde chaves até livro de dizimistas.

Se você quiser fazer a campanha da chave que abra a porta da felicidade, a campanha da arca da aliança que renova a presença de Deus, a campanha do óleo ungido que protege do capeta, a campanha do livro dos dizimistas, a campanha do óleo de Israel ou do toque do chofar não se preocupe, as relíquias já estão prontas ao seu dispor em lojas especializadas no comércio do sagrado.

O próximo passo é descobrir um texto para tirá-lo do contexto e montar uma desculpa para que aquela ‘lembrancinha” seja trocada pela “oferta de amor”.

Qual é a resposta dos lideres que fazem campanhas e mais campanhas e entregam os amuletos evangélicos?

A desculpa é que aquilo que é entregue é apenas uma simbologia para lembrar-se do propósito da campanha, mas ai temos um grande problema: os católicos também dão a mesma desculpa quando falam de suas imagens.

Para os católicos, as imagens ajudam o homem a lembrar de Deus, ajudam o homem a estar mais perto do Senhor, mas quando necessitam de algo, muitos católicos recorrem às imagens – Maria é o maior ícone da simbologia católica.

A verdade nua e crua é que o capitalismo selvagem toma conta do desespero de conseguir fundos ou “mais fundos” para a paróquia evangélica, então, a salvação está na beatificação do amuleto que é um objeto contextualizado com tendências espirituais que em uma reunião é apresentado para Deus para que tire a maldição ou traga uma benção especial ao cristão.

Mas esta prática é boa para aqueles que pregam contra a idolatria?

Não, certamente isso leva o cristão pensar que necessita de algo para conseguir sua benção, a sua fé começa a sobreviver de campanhas e pelo que é distribuído como uma ligação entre ele e Deus.

Isso é nocivo a vida espiritual, o conceito é invertido, os valores são perdidos em rituais e a cada campanha a fé é ligada em algo que não é a fé verdadeira.

Mas a fé não vem pelo que vemos e nem pelo que temos em mãos, mas as escrituras nos diz que a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem ( Hebreus 11v.1).

Mas como podemos ter fé?

Romanos 10 v. 17 – A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.”

A fé vem pelo ouvir a palavra de Deus, o que precisamos é crer na palavra de Deus mesmo que eu não tenha nada em minhas mãos. Eu não preciso da ‘imagem da benção”, mas ler a sua palavra para conhecer o dono da benção.

Eu não preciso do comércio do sagrado para ser abençoado, não compro a benção com a minha oferta, mas sou abençoado pela graça de Deus.

Graça é um favor imerecido, favor que Deus nos dá sem ao menos ter méritos para ser abençoado.

Pense nisso…

Deus abençoe.

Autor: Pr. Alexandre Farias
pastor da Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana, Bacharel em Teologia pela Faculdade Dr.Walter Martins, Apologista pelo Instituto Cristão de Pesquisa – ICP, cursando Filosofia na Universidade Metodista S.B.C. Participa de diversos programas de Tv e rádio defendendo a fé cristã. Contato:[email protected]
Fonte: [ Blog do autor ]

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