Introdução
Devemos esclarecer a doutrina Bíblica do dízimo por se tratar de um assunto muito importante para o sustento
da obra de Deus e da mordomia cristã, ou seja, do serviço e consagração da vida e dos bens do salvo a Deus.
É necessário um esclarecimento, também, por causa de escritos errados de algumas pessoas que, apesar de
terem boa posição em outras áreas, estão cometendo o erro sério de negar o dízimo e criticar os que o
defendem como abusadores do povo de Deus.
Talvez por causa do abuso em muitas denominações, especialmente a Universal, muitos têm partido para o
outro extremo, negando totalmente este ensino. A “Igreja Universal do Reino de Deus” está cheia de outros
erros muito mais graves do que o abuso do dízimo e não se deve perder tempo refutando isso, enquanto que
em muitas outras áreas eles são acintosamente heréticos como pentecostais que são. Os opositores do dízimo
precisam de contorcionismos teológicos para negar que o dízimo é um ensino e princípio claro nas Escrituras.
Vejamos, portanto, 8 provas Bíblicas e claras, que mostram que a prática de dar o dízimo é uma doutrina
evidente no Novo Testamento e deve ser obedecida por todo o crente fiel.
1. O dízimo foi instituído antes da lei, portanto é um ensino Trans-dispensacional:
Em Gen 14:20, ou seja, na dispensação da Promessa (ou dos Patriarcas), Melquisedeque (tipo do Senhor
Jesus Cristo no Velho Testamento) recebeu o dízimo de Abraão. Vejamos que este fato aconteceu
aproximadamente 600 anos antes da lei ser dada, portanto o argumento dos avarentos de que o dízimo
pertence à lei é totalmente descabido. Em Heb. 7:5-9 vemos a confirmação desse fato e não há uma só
referência que o mesmo tenha sido abolido. Em Gen. 28:22 temos Jacó também dando o dízimo.
2. O dízimo foi cobrado por Deus: Lev. 27:30, Num. 18:24-28; Mal. 3:8-10, pois tudo é dEle
não apenas 10%:
Em Ap. 4:11, Sal. 24:1 e em 1Co. 10:26, 28 aprendemos que tudo pertence a Deus. Isso inclui o corpo,
talentos e todos os bens do salvo. Na verdade é uma maravilha e bondade dO Senhor pedir apenas 10% da
nossa renda para a aplicação direta no sustento da igreja local e ainda assim os avarentos se levantam contra a
bondade de Deus. 3. O dízimo nunca foi abolido no Novo Testamento, pois o ministério de preservar e pregar
a Palavra de Deus continua: Luc. 10:7:
No Velho Testamento havia a necessidade de manter o serviço de Deus quer ao oferecer sacrifícios, quer no
Tabernáculo e depois no Templo e incluindo a preservação e pregação da Palavra de Deus. No Novo
Testamento, este serviço foi tranferido para as igrejas locais que são chamadas “colunas da verdade” que tem
suas despesas mensais como por exemplo, a manutenção de missionários e o salário do pastor.
4. O dízimo foi confirmado pelo Senhor Jesus Cristo no Seu ministério: Mt. 23:23; Lc. 11:42;
1Co. 9:13-14:
Dois terços de todas as parábolas contadas pelo Senhor Jesus teve o dinheiro com o assunto. Isso não é uma
coincidência, porque muitas pessoas têm o dinheiro como um “deus”.
5. Em 1Co. 16:2., o princípio das ofertas é o mesmo do dízimo:
Note que nas ofertas o princípio “conforme a sua prosperidade”) foi usado. Em 2Co. 8:1-4; Gál. 6:6; 1Ti. 5:18
temos o salário do pastor que era pago com os dízimos.
6. O dízimo é um princípio e não apenas um mandamento.
Aquele que nega o dízimo está colocando Deus de fora da equação como fez o homem rico da parábola em
Luc. 12:15. Ali vemos que aquele homem prosperou, mas ele não tinha tempo para Deus, por isso foi chamado
de louco.
7. O dízimo é um símbolo de dedicação e compromisso da vida do salvo.
Uma mera oferta não se qualifica para o caráter de compromisso, continuidade, pontualidade e periodicidade
que o trabalho de Deus requer para o sustento continuado, periódico e initerrupto. Somente o dízimo pode
suprir esta necessidade.
8. O dízimo é o meio pelo qual o trabalho de Deus deve ser sustentado. Ele deve ser
entregue à igreja local.
Muitos não querem dar o dízimo para que a sua atitude errada de não se submeter à igreja local seja revelada.
Muitos dão o dízimo ao seu “bel prazer” entregando-o a “Sociedades Bíblicas” ou a “Seminários”, a “Ministérios”
etc… Isso é um erro grave pois não é esse o plano de Deus para proclamar o Evangelho. A nenhuma dessas
instituições O Senhor Jesus deu a grande comissão em Mat. 28, mas somente à Sua igreja e a mais ninguém. Conclusão:
1.. O dízimo está valendo para o crente do Novo Testamento;
2. Só porque a palavra não é frequente no Novo Testamento não é argumento válido, pois o princípio do dízimo
está claro. Outras palavras nem sequer ocorrem no Novo Testamento, mas são doutrinas inquestionáveis como
Trindade; Depravação Total, etc.
3. Só porque algumas pessoas não sofrem ainda com o devorador (Mal. 3:9, 11), que Deus mandou como um
castigo para os ladrões que negavam o dízimo do Senhor, isso não significa que elas não estão roubando a
Deus.
4. Quem nega o dízimo e dá o dízimo ou mais do que o dízimo está sendo hipócrita;
5. Quem nega o dízimo, geralmente dá menos do que o dízimo. Está sendo avarento;
6. Quem não tem competência para viver com 90%, não tem para viver com 100%.
7. 90% com Deus é infinitamente melhor do que 100% sem Deus.
Dizimo sim, avarento, não.
Pr. Pedro Almeida
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Congregação Batista Independente.
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