Estudos Bíblicos

A Parábola do Cisne e da Trave

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Estudos Sistemáticos das Parábolas no Evangelho de Mateus – Objetivos: Levar a igreja local à maior maturidade espiritual e os não salvos aos pés do Salvador.

TEMA: CRESCENDO NO ENTENDIMENTO DAS PARÁBOLAS DE CRISTO

– Estudos Sistemáticos das Parábolas no Evangelho de Mateus –

Objetivos: Levar a igreja local à maior maturidade espiritual e os não salvos aos pés do Salvador.

0. Introdução: Esboço panorâmico da passagem:

1. Que tipo de juízo é proibido? (vv. 1. e 2)

2. O que significa o “argueiro” e a “trave”? (vv. 3 – 5)

3. Está relacionada com a parábola dos cães e porcos, mas deixaremos para vê-la na próxima reunião.

É preciso dar o sentido e aplicação correta do texto senão, como disse J. C. Ryle, a interpretação “ao invés de bálsamo espiritual, produzirá o veneno mortal”.

1. Que tipo de juízo DEUS proíbe? (vv. 1.2)

a. Os tipos de juízo aos quais o Senhor Jesus Cristo não está se referindo.

i. À necessidade de avaliarmos sobre se a conduta e opinião de outras pessoas estão de acordo com a Palavra de DEUS, pois precisamos ter opiniões formadas e bem definidas  em acordo com a Bíblia.

ii. À necessidade de julgarmos todas as coisas (I Ts 5.21)

iii. À necessidade de provarmos os espíritos (I João 4.1)

iv. À necessidade de reprovarmos os pecados e as falhas alheias de outras pessoas e de nós mesmos (igreja local – disciplina eclesiástica – I Cor 5.12).

Se este fosse o caso seria impedimento completo para o ofício de pastor ou até mesmo para os juízes seculares.  (João 7.24, Heb 5.14).

A isto J. C. Ryle comenta: “A terra estaria nas mãos dos perversos – Jó 9.24. As heresias se espalhariam. Os malfeitores se multiplicariam por toda parte.”

Creio que esta triste realidade se cumpre nos dias atuais em parte pela interpretação errônea que se dá a este texto.

b. O tipo de juízo ao qual o Senhor Jesus Cristo está se referindo.

a. Ao espírito crítico que somente se concentra em buscar falhas em todos os detalhes.

b. Ao julgamentos duros e precipitados, em disposição de exagero dos erros e faltas dos outros, nunca esperando por comprovações.

c. À condição mental de sempre pensar o pior e jamais demonstrar interesse de compaixão ou espírito de exortação, isto é, desejo sublime de orientar o pecador ao caminho correto.

d. Ao interesse contínuo pela condenação em total ausência de disposição ao perdão.

e. Ao desejo de tomar o lugar de DEUS na aplicação de juízo, sem disposição de reconhecermos que nós mesmos somos sujeitos às falhas.

RESUMINDO: Em ajuizar sobre padrões e conceitos próprios, humanos, parciais e pecaminosos, ao invés de ajuizarmos correta e amorosamente sob os padrões de DEUS. Estes sim, justos, eternos e perfeitos! Não deve ser de opinião própria (O constante “Eu acho!”) ou gosto, ou mesmo preferência particular, mas de amorosa submissão aos padrões de DEUS.

c. Comentários de vários escritores:

“Seria bom se as pessoas sujeitas a um constante espírito de censura, se colocassem na posição e nas circunstâncias daqueles que estão sob juizo, e então considerarassem, que o julgamento que devem realizar sobre os outros pode passar sobre eles também. O argumento que Cristo usa para dissuadir-nos deste mal, que os judeus eram muito propensos a cometer, é “para que não sejais julgados”; significando que para tais pessoas a censura raramente vêm acompanhada de boa vontade para com seus semelhantes, mas que são comumente pagos da mesma forma pelos homens, ou então por Deus, cujo juízo será mais terrível e tremendo. Tais pessoas pretendem tomar sobre si o lugar de Deus, usurpar a sua prerrogativa, como se soubessem sobre o coração e o estado dos homens [o tipo de sondagem que somente DEUS faz] e, portanto, eles sofrerão um  juízo sem misericórdia, que virá das mãos de DEUS.” – John Gill

“Não julgueis, para que não sejais julgados – Essas exortações são apontadas contra a precipitação imprudente, os julgamentos severos, e nao caridosos, as más suspeitas de pensamento,  onde a pessoa fala em conformidade com o mal [do próprio pecado em seu coração: inveja, ciúme, ruins suspeitas, etc.]. Os judeus eram grademente criminosos neste ponto. Sofriam de uma disposição secreta e criminosa da natureza humana, homens que se esforçavam para elevar-se acima dos outros, e, para fazê-lo mais eficazmente, os depreciava. Seus corações ciumentos e invejosos desejavam que nenhuma qualidade poderia ser encontrada nos outros, mas apenas neles mesmos e que só eles poderiam ser estimados. Tal é o estado de cada homem não convertido, e é a partir dessa disposição penal, que o se impõem o  fluxo do mal, dos juízos temerários, das decisões precipitadas, e todos os outros procedimentos injustos contra nosso proximo.” – Adam Clarke

“De acordo com contexto da revelação, este texto não proíbe todos os tipos de julgamentos. Há uma espécie de julgamento justo que devemos exercer com discernimento cuidadoso. Mas, a censura exagerda, hipócrita, do tipo de imposição de justiça própria, ou outros de julgamentos injustos são proibidos, a fim de cumprir o que se segue no texto como mandamento, pois é necessário discernir [julgar, avaliar] entre os cães e os porcos dos que são verdadeiramente irmãos.” – John MacArthur, Jr.

E como estaremos aptos a discernirmos, de acordo com a Palavra de DEUS e a orientação do Espírito Santo?

2. A diferenças entre “argueiro” e “trave” (vv. 3 a 5)

a. O “argueiro”

καρφος karphos kar’-fos

Na King James “mote”.

Substantivo: argueiro, montículo, grão e poeira, partícula de pó, outeiro, um galho seco ou palha.

Sentido de pequeno detalhes ou falhas usuais que, com paciência, podemos tratar e aprender a nos desvencilhar.

b. A “trave”

δοκος dokos dok-os’

Na King James: beam = (trás a idéia de segurar) uma vara de madeira.

Substantivo: (idéia de algo a segurar) viga, trave, barra, viga mestra, barrote, cilindro de tear, haste de âncora.

Sentido de grandes e graves pecados, pecados grosseiros, carnalidade e ausência de espiritualidade.

O Senhor Jesus Cristo aponta para o erro encontrado nas pessoas hipócritas:

1. São rápidas em discernir os menores defeitos nos outros

2. Para isso utilizam de linguajar grave, exagerado a fim de  descrevê-los

3. Ao mesmo tempo jogam seus pecados às próprias costas enquanto usam de engenhosidade para encontrar desculpas para eles. Possuem um desejo contínuo de que seus pecados sejam desculpáveis, mesmo que eles sejam grosseiros e revelem acentuada desobediência.

Há aqui praticados com sagacidade excessiva que surge pela total ausência de caridade (amor posta em prática), quando agem para peneirar de perto os defeitos dos irmãos, em total ausência de indulgência e complacência amorosa.

A palavra “argueiro” é entendida como qualquer quantidade ínfima de palha, uma minúscula lasca de madeira que voa no olho e não faz danos definitivos, mas impede e dificulta a visão, gerando certa dor, desconforto. Estão inseridas aqui as fragilidades humanas, as enfermidades diárias, as ações imaturas e imprudentes que surgem inadvertidas que carecem de amorosa correção e contínua oração.

São os tipos de faltas leves, comparadas com aquele pecado grosseiro, irresponsável e teimosamente contínuo. Não se trata de pecados justificados, mas que não carecem de castigo severo, mas de sincera e Bíblica instrução e aquela longanimidade que é fruto do Espírito Santo na vida dos filhos de DEUS. E não demove dos santos o prazer continuado pela instrução amorosa e pela certeza de que CRISTO continuará a obra em pecadores como nós.

O pecado descrito é aquele exagerado em agravar, acentuar demasiado, voraz ânsia de reprovar as faltas mais leves nos outros, uma ausência dos frutos espirituais necessários para a comunhão na igreja local.

Enquanto assim se age os que possuem uma “trave” em seus próprios olhos investem em pecados grosseiros, abominações animalescas, comportamento peculiar aos próprios fariseus. Estes comportamentos nascem do orgulho, da arrogância, da vaidade exacerbada, da confiança na justiça própria, na hipocrisia, na maldade, na cobiça e em tais coisas que os que assim praticam não ousam classificar em si mesmos, enquanto ao mesmo tempo clamam ululantes contra os menores dos males alheios.

“Tais homens estão entre todas as pessoas indesculpáveis​​, que condenam nos outros o que neles próprios é tão pior quanto abundante.” – John Gill

“Esse tipo de homem é totalmente incapaz de mostrar o espiritual modo de vida para os outros sendo que ele mesmo está andando no caminho da morte.” – Adam Clarke

O hipócrita é assim:

1. Reprovando os pecados nos outros e cobrindo e desculpando os seus próprios

2. Cheio de críticas e censuras aos outros, enquanto não censura a si mesmo

3. Exercem julgamentos precipitados, rígidos, exagerados, nos outros, mas eles mesmos não se avaliam a si mesmos

4. Desconhecem que para o cristão ajudar a reformar a vida de outro deve primeiro reformar a si mesmo, começando por si a investigação do amor, da misericórdia e da graça de DEUS.

“Um vício que está em ti mesmo, não fale [do que está em]  teu próximo.” – provérbio judaico.

2. Lições Práticas

a. Antes de nossa comunhão em grupo (igreja local), há necessidade de uma comunhão íntima com DEUS.

b. Tome cuidado, pois DEUS vê a intenção de nossos corações.

c. Se não formos hipócritas, DEUS nos usará em  fazer-nos instrumentos de transformação de vidas. Se formos hipócritas, nos descredenciamos a nós mesmo para o serviço.

d. Antes de aplicar a lei ao próximo, aplica a lei a ti mesmo!

Pessoas (mesmo salvos) com espírito crítico sem discernimento e constante, do tipo que busca promoção pessoal de forma insistente e impertinente, ansioso por glória própria e reconhecimento humano, estão totalmente desqualificados para exercer qualquer tipo de liderança na igreja local!

Muitas dessas pessoas são as do tipo que jamais buscam ser sinceras, mas o tempo inteiro destilam seu veneno mortal com comentários dúbios, frases do tipo de “chavecos”, “piadinhas” de duplo sentido, nunca se alegrando no crescimento de outros irmãos(ãs), mas sempre dispostos para a maledicência, a fofoca e o espírito alcoviteiro. Isso tudo fazem enquanto suas vidas pessoais continuam destituídas de quaisquer testemunho pessoal significativo que busque fidelidade e honra a DEUS.

O fim deste caminho tortuoso é o provável afastamento (quando pela disciplina ou exclusão é mais triste e doloroso), pois a tendência de tal comportamento mesquinho e carnal é o endurecimento.

Se DEUS tratar daquele que assim teimosamente insiste proceder, trata-se de um(a) filho(a) (Hb 12.7).

E pessoas assim, sem qualquer fruto do Espírito de DEUS devem ser exortados ao auto-exame Bíblico submisso e contrito, a fim de descobrirem se já não estão reprovadas na fé ou se, até mesmo, jamais foram salvas salvas! (Hb 12.8; I Cor. 11.27-30; II Cor 13.5)

3. Advertência e apelo final

“Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.” – Mateus 7.5

Estamos nos avaliando todos os dias pela Palavra de DEUS?

Quanto tempo tomamos em avaliar os outros com a Palavra de DEUS?

Quanto tempo tomamos em nos avaliar a nós mesmos com a Palavra de DEUS?

Somos amorosos, pacientes, longânimes?

Ou somos irritadiços, preguiçosos, invejosos, desejosos de sermos o centro de tudo?

O centro é CRISTO, não é [nunca foi, nunca será] eu nem é você!

Quanto maior honra haverá de receber aquele que busca permanecer com sua vida escondida em CRISTO todos os dias de sua vida!

E só poderás viver assim se tiveres um encontro pessoal com o Salvador!

Arrepende-te, pois, e creia em Jesus Cristo, para remissão dos pecados.

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