Extremistas islâmicos ceifaram a vida de 12 cristãos indefesos enquanto dormiam em uma vila cristã na Nigéria, durante um ataque brutal perpetrado por pastores Fulani no estado de Plateau, conforme relatado pela Morning Star News.
O ataque sangrento ocorreu na aldeia agrícola Tilengpan Pushit, no dia 19 de abril, às 2h da madrugada, pegando os moradores desprevenidos e resultando na morte de mulheres e crianças que não conseguiram escapar dos invasores, como testemunhou o residente local Bamshak.
Outro morador, John Musa, lamentou a perda de doze membros da comunidade, ressaltando a injustiça dos ataques Fulani contra os cristãos na região. O governador de Plateau, Caleb Mutfwang, expressou pesar diante da tragédia e afirmou que esforços estão sendo feitos para combater a perseguição religiosa no estado, juntamente com as forças de segurança.
Essa não foi a primeira vez que os Fulani atacaram comunidades cristãs na Nigéria. No dia 12 de abril, uma mãe e um bebê foram vítimas de outro ataque Fulani em Bokkos, onde mais de 30 cristãos foram brutalmente assassinados por extremistas.
A perseguição dos Fulani contra os cristãos no Cinturão Médio da Nigéria é motivada, segundo líderes religiosos, pelo desejo de apropriar-se das terras dos cristãos e impor a fé islâmica. A desertificação na região tem gerado conflitos entre pastores Fulani e agricultores cristãos, intensificando a disputa por terras.
De acordo com a Lista Mundial da Perseguição 2024 da Missão Portas Abertas, a Nigéria ocupa o 6º lugar como um dos países mais perigosos para os cristãos. O Grupo Parlamentar de Todos os Partidos do Reino Unido para a Liberdade Internacional ou Crença (APPG) destacou em um relatório recente que os Fulani, em sua maioria muçulmanos, possuem diferentes clãs, sendo muitos pacíficos, mas alguns aderem a uma ideologia radical islâmica, atacando cristãos e locais cristãos, em uma estratégia semelhante ao Boko Haram e ISWAP.
Esses eventos trágicos evidenciam a urgência de ações para proteger as comunidades cristãs na Nigéria e garantir a liberdade religiosa para todos os cidadãos do país, diante de um cenário de crescente intolerância e violência religiosa.
