Em meio a uma situação angustiante no Paquistão, um pai cristão, Salman Masih, está enfrentando a difícil tarefa de resgatar sua filha de 15 anos, Muskan, que foi sequestrada por um homem muçulmano chamado Arsalan Ali, na cidade de Tando Ghulam Ali, distrito de Badin. Masih tomou a decisão de retirar sua filha da escola para protegê-la do assédio de Arsalan, porém, ela foi sequestrada em 11 de março e forçada a se casar e converter ao Islã pelo sequestrador.
Após o sequestro de Muskan, Masih recorreu à polícia imediatamente, pedindo medidas urgentes para resgatar sua filha, mas, infelizmente, as autoridades não agiram prontamente. A polícia ignorou os apelos do pai e o sequestrador conseguiu transferir Muskan para um local desconhecido, realizando assim seu ato nocivo.
O advogado de Masih, Luke Victor, tomou medidas legais ao contestar a petição falsa de casamento e conversão religiosa forçada feitas por Muskan sob coação do sequestrador. Victor ressaltou a importância de seguir os procedimentos legais adequados para determinar a real idade da vítima e garantir sua segurança em um abrigo até que isso seja esclarecido, evitando assim que casos de casamento infantil como esse fiquem impunes.
A situação de vulnerabilidade das mulheres e meninas de religiões minoritárias no Paquistão foi destacada por especialistas da ONU, que pediram alterações legais para combater casamentos forçados e conversões religiosas. A proposta de aumentar a idade legal para o casamento para 18 anos como forma de proteção contra a exploração foi enfatizada pelos relatores especiais da ONU.
O caso de Muskan reflete a dura realidade enfrentada por minorias religiosas no Paquistão, que ocupa a 7ª posição na Lista Mundial da Perseguição da Missão Portas Abertas. A luta de Masih pela liberdade e segurança de sua filha evidencia a necessidade urgente de mudanças legais e a proteção dos direitos humanos, especialmente das mulheres e meninas pertencentes a comunidades religiosas minoritárias no país.
Esse triste episódio mostra a importância de se combater a exploração e violência contra mulheres e meninas, independentemente de sua origem religiosa, e ressalta a necessidade de uma ação efetiva para garantir a justiça e a proteção dos direitos fundamentais de todos os cidadãos, em conformidade com as leis internacionais de direitos humanos.
